No século XVI, da era cristã, era já a ilha de Porto Santo, terra habitada por gente Cristã, esperta, analfabeta e honrada e a terra era trabalhada por agricultores, sendo terra fértil, muito chuvosa e rica em todas as espécies de semeaduras e alguns frutos, gado “Vacum”, cabras, carneiros e coelhos, dos quais as “Caravellas do Infante” se abasteciam, antes das suas longas viagens (à descoberta), de trigo, centeio e cevada e outros produtos alimentícios da terra, da qual era farta e relativamente barateira, pelo trabalho escravo do seu povo, havendo entre este povo, alguns poucos, que se dedicavam ao comércio, comprando por baixos preços, ou em trocas, os produtos da terra aos agricultores rendeiros, que eram pobres, entregando, quase todo o produto, do seu trabalho, aos fidalgos, dono da terra, ou a seus representantes, e o restante era vendido a baixos preços, como sempre foi costume até ao século XX.
Ora aconteceu, que segundo dizem, por obra dos Demónios da Terra, que Fernão Nunes, filho de honrado Cristão Velho, Bartolomeu Nunes, morador no sítio do Farrobo, agricultor e pastor, rendeiro, jovem, com idade de 28 anos, decidiu emigrar, abandonando a terra onde nasceu, e embarcou, como “grumet de convés”, na caravela Sant’Ana, onde viajou pelas costas de África, ao lado de marinheiros Portugueses, tendo, logo no princípio se destacado dos seus companheiros, pela sua coragem e bravura, na defesa das suas vidas e bens da Pátria e Fé Cristã e Glória do Rei de Portugal, contra piratas Mouros, Franceses, Holandeses, Espanhóis, Ingleses, Gregos e Troianos, etc.; nunca tendo recuado perante o perigo e sendo um dos que incentivavam os outros contra a derrota, o que lhe mereceu, a admiração e amizade dos seus companheiros e superiores, os quais, agradecidos, por estas razões de coragem e bravura, o apelidaram com o nome de Fernão “O Bravo”.
No mar, por direito próprio, foi-lhe ensinado pelo seu amigo e confessor a ler e a escrever, e o Fernão Bravo, andou no mar a lutar e a aprender durante 12 anos! Até que um dia, cheio de medalhas, regressou ao Porto Santo, tendo-lhe sido oferecido por este seu amigo cristão e confessor, alguns livros de estudo (Papiros) e uma Bíblia do Novo Testamento de Jesus Cristo, escrita por mão do próprio, copiada da origem…! Ora acontece, que o Fernão foi avisado, que eram livros proibidos, pois eram pela Santa Madre Igreja, considerados como livros maus, que faziam a confusão nas cabeças letradas e analfabetas, e até era proibido, a sua leitura nas Igrejas e a sua divulgação ou cópia eram consideradas como crimes de alta traição ao Rei e à Santa Madre Igreja.
Tendo regressado, à sua terra com 40 anos de idade, o Fernão, continuou no seu antigo trabalho, de ajudar o seu pai já velho, na agricultura, e pastor, tendo como normal, pastar vacas e ovelhas, na zona da antiga Ermida de Nossa Senhora da Graça onde tinha escondido os seus segredos…! Muito religioso, o Fernão Bravo, costumava vir à Missa, todos os Domingos e comungava com toda a comunidade! Modesto e rústico por natureza, silencioso e solitário, dedicou-se ao estudo da Bíblia e dos papiros, tendo feito algumas cópias dos escritos, onde mantinha os seus segredos e cópias por si escritas, numa gruta (conhecida pela “Gruta do Fernão) atrás do Pico dos Fachos, num baú de marinheiro…! Continua o Fernão Bravo, a vir à Missa, e nunca ouvia o Clérigo (Vigário) seu tio, ler a Bíblia, o que armou grande confusão na sua inteligente cabeça, o que levou o Fernão a fazer perguntas ao seu tio padre:
– Então tio, sendo a Santa Madre, Esposa de Cristo, por qual a razão que o tio, não lia a Bíblia? Estas e outras perguntas foram feitas, sem nunca o Fernão ter recebido resposta Divina, e com a coragem e a bravura do costume, o Fernão se revoltou, contra o seu tio padre, que representava a Santa Igreja, acusando-a de Anticristã, e colaboradora dos ladrões da terra, que lhe roubavam o seu trabalho, e do seu velho pai, que pobre e doente, ainda tinha de pagar o “Dízimo” obrigatório para alimentar a Santa Madre…! Tendo o Fernão Bravo, dado início, à sua nobre missão, com 47 anos, imitando, o seu inspirador, Jesus Cristo ( O Demónio Clerical) começou a sua acção benfeitora e de justiça, adquirida nos seus altos estudos Cristãos ( pela Fé Curarás e Salvarás) curou da paralisia física, sua prima Filipa Nunes, dizendo: “Em nome de Deus, e seu filho Jesus Cristo, tem coragem levanta-te e anda”…, e já antes tinha curado, o seu primo Fernando Nunes, da cegueira espiritual, e analfabetismo, ensinando-o, a ler e a escrever, tal como fora ensinado ( deu de graça, o que de graça recebeu…) e o Fernão caiu no mesmo erro, que Jesus Cristo, pois começou a sua missão, como bom e verdadeiro médico, a curar, por casa, mesmo sabendo, que não há profetas em casa!
E tentou abrir os olhos ao povo escravizado, fazendo se revoltar, contra os ladrões e comerciantes do Templo, e a expulsar os ladrões dos seu trabalho, acusando-os de diversas injustiças e más acções, o que as tornando públicas, levava a revolta, aos injustificados e castigo aos provocadores, levando-os e os obrigando ao arrependimento público o que levou que alguns, se auto-castigassem…!
Mas como é já costume muito antigo, como aconteceu ao seu inspirador demónio, o Fernão foi acusado de ter pacto com os Demónios, e tal como aconteceu, e acontece, a todos os Santos sacrificados, chegou aos ouvidos das autoridades, públicas-civis-militares e religiosas, a revolta que um homem Demónio ( como é conhecido na história) foi a eles informada para Machico de onde enviam forças policiais e religiosas, para prender o Fernão Bravo, pois já nesse tempo, o Demónio habitava, e dominava a terra, e a Igreja dos Fariseus…! Assim foi que aconteceu, que a coragem do Fernão Bravo, injustamente, foi dominada, foi preso e acorrentado, pelas forças terrenas dos Diabos…!
Assim, o Valente Fernão, herói nacional das Caravellas, foi preso e acorrentado, para a Capitania de Machico, onde se recusou a falar, tendo apelado para que fosse enviado, para Lisboa onde seria julgado, por Suas Santidades o Cardeal, contando com os apoios, que lhe eram dados, por antigos companheiros e amigos…! Enviado preso e acorrentado para Lisboa, ao contar com o apoio dos antigos companheiros de armas, saiu furado e enganado, pois o próprio Cardeal que o julgou, o condenou, à excomunhão, e foi enviado às autoridades judiciais (como era costume, um mata, o outro esfola), que condenaram o Santo Profeta, à fogueira…! E só se livrou da fogueira porque, o seu amigo confessor, tendo tido conhecimento, dos sarilhos em que o Fernão Bravo estava metido, sentindo-se culpado, com boas informações cívicas e de coragem, que levou ao Rei, e ao seu Cardeal, com apelos de clemência, fez com que a Pena Capital, fosse reduzida a prisão perpétua, por ser louco…!
Assim o Fernão Bravo, foi preso na cadeia local, do Limoeiro, e para maior segurança religiosa (não fosse começar a fazer como “São João Baptista”) foi metido, num buraco térreo, sem luz e sem sol! Assim o Fernão Nunes Bravo, viveu crucificado, por causa de seu único erro e loucura…! Ter acreditado, que tinha nascido e sido baptizado, com a Água Benta, de Jesus Cristo…! No resto das suas profecias, a actualidade, dá-lhe a razão, pois ele, foi um profeta Cristão a breve e a longo prazo…! Estando actualmente, a finalizar, o cumprimento das suas profecias…!